Gestão Lula não privatizará Porto de Santos e anuncia inovação

O novo ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não prosseguirá com a privatização do Porto de Santos, o maior da América Latina. A decisão já era esperada, pois assessores próximos de Lula haviam se manifestado publicamente contra o plano de privatização.
O Porto de Santos é uma importante porta de saída para as exportações de commodities agrícolas, como soja e açúcar, e sua privatização era uma das metas do governo Bolsonaro. No entanto, o processo enfrentou obstáculos, incluindo a aprovação final do Tribunal de Contas da União.
Com essa decisão, o governo de Lula mostra seu compromisso com a soberania nacional e com o desenvolvimento do país. O Porto de Santos é um dos principais vetores de crescimento da economia brasileira e sua estatização garante que ele seja gerido de forma a beneficiar a todos os brasileiros, e não apenas a uma elite econômica.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, França disse que a autoridade portuária continuará estatal e que não será feito o leilão de privatização. No entanto, ele acrescentou que há uma possibilidade de concessões de áreas dentro do Porto de Santos.
Para França, embora o governo de Lula não tenha problemas com o envolvimento do setor privado nas atividades portuárias, o Estado deve ser capaz de regular adequadamente o setor. Essa decisão vai ao encontro da proposta de Lula de retomar o controle estatal sobre setores estratégicos da economia.